2º DIA
O calor dentro da tenda acorda-nos pouco depois das 7h... abrimos o fecho e os fortes raios de sol cegam-nos por breves momentos. À medida que recuperamos a visão deparamo-nos com isto...
Uaaauuu! O calor dentro da tenda acorda-nos pouco depois das 7h... abrimos o fecho e os fortes raios de sol cegam-nos por breves momentos. À medida que recuperamos a visão deparamo-nos com isto...
E não há Midges! Então é verdade que eles não gostam de sol!
A água está agradavelmente fria e refresca-nos o corpo e a alma.
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Depois de tomarmos o pequeno-almoço, em modo pic-nic, seguimos caminho com um espírito renovado! As frustrações de ontem à noite estão esquecidas: foi uma noite má, mas esta manhã foi perfeita!
E aqui está o nosso trajecto para hoje:
Apanhamos o barco para Corran, atravessando o Loch Linnhe, uma viagem que durou apenas 15 minutos.
Seguimos caminho para a praia em Sanna. Em muitos sitios a estrada é de apenas uma via com pontos de passagem a cada bocado. Os condutores aqui vão a uma velocidade que entre tantas curvas, subidas e descidas, muitas vezes apanhámos sustos valentes com a iminência de embatermos de frente.
Agora temos que parar devido ao tráfego de vacas...
Mais à frente paramos porque as ovelhas escolheram a estrada para dormirem a sesta... e de facto elas não parecem importar-se com a aproximação do nosso carro. O Thibaud aventura-se na tentativa de as tocar, e aí sim! Elas fogem! E continuamos caminho...
Finalmente chegamos a Sanna, uma pequena vila na remota encosta a oeste da Escócia, onde há meia dúzia de casas, ovelhas a pastarem livremente pelas dunas da praia e a praia quase deserta!
Já são 14h e estamos esfomeados! Refrescamos as cervejas na água e fazemos um pic-nic na praia! :)
16h30 e ainda temos que voltar... é 1 hora de caminho de volta pelo mesma estrada de uma só via até a estrada principal... este é o único caminho para Sanna. Imagino o tempo que as pessoas que aqui moram perdem para irem deixar os filhos à escola! :O
Seguindo o norte, vamos espreitar as ruínas do castelo de Tioram (pronuncia-se Cheerum, devido ao gaélico escocês)... uma fortaleza construída no século XIV para proteger o acesso ao Loch Shiel.
O acesso ao castelo está fechado pelo risco de queda das ruínas, mas a nossa curiosidade leva-nos a ultrapassar as barreiras e fazer uma rápida visita interior...
Procuramos em diferentes praias... há demasiadas pessoas. O ideal seria um lugar onde pudessemos fazer uma fogueira para espantar os Midges, que já se fazem sentir e a cada paragem que fazemos somos atacados aos milhares!
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDLuIrCD3ylgclAZoRGsWyyvnVoOt4tgWxBdzsh4LMR8YX1MbXsH2pgoPwyYqGJJ20Pt2fH3i_IqLQzezSpqlvTJd1YIxw_kPLPYmGc8pVh9wBN0FBJPWjUwBMqrOm9jmsCMycH4rFOK4/s200/175+-+Roads+Scotland.JPG)
Vamos até ao Loch Morar... depois de seguir por uns 15 minutos uma estrada que acompanha o norte do lago e que não parece ir dar a lado nenhum, encontramos um sítio com os restos de uma fogueira e ovelhas a pastarem livremente.
Olhamos uns para os outros à espera de um argumento negativo: e até agora foi o melhor spot. Ficamos aqui!
Enquanto a Marie monta a tenda, o Thibaud e eu começamos a procurar material para fazer a fogueira. Não comprámos nada que ajudasse neste processo, e portanto só temos um isqueiro e o que a natureza nos der! Recolhemos palha, madeira miuda (por mais pequena que fosse a maior parte estava húmida e díficil de pegar fogo)... e não tinhamos palha suficiente! Os Midges não desgrudam e tentamos fazer esta fogueira o mais rapidamente possível!
Os primeiros fumos, a primeira chama! iiiuupiiii! Mas! não durou muito tempo, precisamos de mais e mais palha, folhas secas e tudo o que pudessemos encontrar que ardesse facilmente.
Chegámos a conclusão que o difícil não é fazer fogo, mas mantê-lo aceso!! E sim, os Midges afastavam-se um pouco com o fumo, mas não desapareciam!
À terceira foi de vez e lá conseguimos fazer uma fogueira e mantê-la. :)
Já esfomeados, embrulhámos batatas em prata para fazer batatas assadas, aquecemos um molho de tomate e cogumelos numa panela e depois de um bom bocado à volta da fogueira, lá fomos capazes de jantar algo quente :)
O Sol pôs-se lentamente atrás da montanha, dando um tom cor-de-rosa aos céus. E nós por aqui ficamos mais umas horas, o mais perto da lareira que conseguissemos com os Midges mesmo atrás de nós, até que as brasas arrefeceram por completo e nós fomos dormir.
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