Caminho de Laugavegur (Islândia) - 3º dia

Por Andreia Leite a terça-feira, julho 16, 2013

Bom dia corpos viajantes!!!

Acordei de tão bom humor que até tentei comer flocos de aveia, mas desta vez misturados com chá de frutas... a verdade é está um pouco melhor do que misturado com apenas água, um pouquinho! hihihi

Hoje vamos caminhar 15km. Como sempre somos das últimas a sair da cabana tão quentinha e acolhedora. 


E finalmente começamos a nossa caminhada por entre montanhas verde flurescentes...
20 minutos mais tarde atravessamos o primeiro rio de hoje... não é tão fundo como o de ontem, mas é mais largo, e claro eu vou descalça: d-e-v-a-g-a-r-i-n-h-o pisando as pequenas d-o-l-o-r-o-s-a-s rochas.
De volta a terra firme, contínuamos a nossa caminhada até darmos a uma quinta com cavalos e umas cabanas de madeira. Este é um sitio alternativo para os grupos que fazem esta caminhada. Chegamos aqui mesmo a tempo de ver um grupo de pessoas a sair com os cavalos para uma corrida nas montanhas. 

O tempo muda rapidamente, e agora começa a chover, hora de vestir as calças à prova de água.
Atravessamos um pequeno rio com uma pequena ponte... outro rio maior com uma ponte bastante arcaica, segura com pedregulhos, e finalmente outro rio sem ponte! Este último é - de todos os rios que já atravessámos - o mais largo, mais fundo, mais forte e pelo que dizem o mais frio também! 

Aqui encontramo-nos com mais pessoas que fazem esta caminhada, observam-se uns as outros e tenta-se escolher o sitio mais seguro para fazer a travessia.

Aaahh meu querido leitor, o que se passou a seguir eu não estava nada à espera: estas pessoas começam a tirar as calças! É isso memo, com a mala às costs e em cuecas aventuram-se pelas águas geladas, e a água sobe mesmo ao nível das coxas! 

Depois de observarmos algumas travessias, é hora de nos aventurarmos também.... 
Os meus pés estão tão doloridos depois disto. Mas nós conseguimo: pernas geladas, mas cuecas secas! hahaha 

De volta ao caminho, agora temos um longo percurso numa paisagem cinzenta.... 
Encontramos uma rocha para almoçarmos, e uma chuva pesada chega para nos acompanhar....
2 horas caminhando debaixo da chuva pesada estão a testar os limites do meu casaco à prova de água. Tenho as mangas da camisola por baixo molhadas até aos cotovelos, dá para escorrer água mesmo. E os meus pés... ahh os meus pés também estão molhados! Ups! Está a ser impossivel manter as minhas mãos quentes e tento movê-las o máximo que posso. Estou desejosa para chegar à próxima cabana e vestir roupas quentes... só espero que a mala tenha mantido o seu interior seco! 

45 minutos mais tarde finalmente avistamos a cabana de Emstrur! Ahhhh está de volta aquela sensação tão boa de missão conseguida! 15 km hoje, 40 km em 3 dias! 
Esta noite não ficamos nas cabanas, vamos acampar! Mais uma vez, assinamos a lista de segurança, pagamos pelo campismo e recuperamos os nossos sacos-cama do Guia Turista Islandês, que nos dá umas dicas onde é o melhor sitio para acampar: "mais para baixo é mais calmo, acolhedor e tem o pequeno rio para lavarem os pratos e encherem as garrafas de água". 
Nós procuramos os 2 amigáveis rapazes da Rússia - Dmitri e Parsha - que conhecemos na primeira noite. Tinhamos combinado de acampar juntos - eles têm acampado todas as noites..., mas eles ainda não chegaram. E nós entretanto inicíamos a habilidade de montar a tenda.

Mais tarde, encontramos o Dmitri e o Parsha já a montarem a tenda junto às outras pessoas, mostramo-lhes o nosso spot e eles juntam-se a nós. E assim jantamos todos juntos!  :D



Depois de jantar e um agradável chá quentinho, vamos fazer uma caminhada até ao desfiladeiro.
As minhas botas estão molhadas, então eu uso um saco de plástico para isolar os meus pés e mantê-los secos e quentes. Parece ridiculo mas funciona perfeitamente e eu estou satisfeita com a minha improvisação! :D 
Caminhamos por uns 20 minutos e ali, depois de uma colina encontramos a vista que nos tira o fôlego: o desfiladeiro.... 





2 horas depois estamos de volta à nossa tenda (não tão quentinha quanto esperado)! 
É meia noite. E agora que me preparo para dormir, estou muito agradecida ao simpático Guia Turístico Islandês que me emprestou um colchão auto-insuflável... afinal eu não estava preparada para acampar na Islândia, e ele ao descobrir que eu não tinha um colchão disse: na Islândia nunca se dorme no chão sem um colchão, esta terra é gelada durante a noite", e é verdade! 

Com a cabeça escondida dentro do saco-cama, em poucos minutos retiro-me para a terra dos sonhos. 

ZZZzzzzz

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